segunda-feira, 11 de agosto de 2014

o tudo, o mundo, o nada.

Eu não choro porque perdi a fé, não choro porque deixei de acreditar, não choro porque perdi as forças.
Minhas lágrimas escorrem porque dói. A saudade dói. A falta do teu sorriso dói. A ausência da tua fala, dói.
Dói te ver deitado naquela cama, esboçando poucas ou quase nenhuma reação. Logo você, sempre tão agitado, sempre na correria, de um lado pro outro. Enquanto seus pés caminhavam pra frente a cabeça tava girada pra um lado e o sentido pro outro, falando ao telefone, sinalizando pra outra pessoa, assim mesmo, tudo ao mesmo tempo!
E simultaneamente, esbanjando serenidade e tranquilidade. Como consegue?

Em um dia desses qualquer eu tinha o mundo as minhas mãos,
grande e desconhecido,
me esperando, e eu achava que nele tudo podia, que nada me impediria e eu estaria preparada!
Eu sentia sede por esse mundo,
eu queria experimentar cada sabor,
apreciar cada cor,
me alimentar com todos os cheiros
e me satisfazer com os sons e seus tons.

Foi ai que minha vida virou de cabeça pra baixo. É estranho que a principio a sensação era de que eu tinha tudo sob controle, mas aí aquele mundão de repente ficou pequeno, já não cabia nas minhas mãos, agora desconhecido e sombrio, eu já não sentia mais vontade de enfrentá-lo. Eu só queria voltar pra minha casa, deitar sob minha coberta e ler algum livro até pegar no sono.
Esse mundo não é mais meu, hoje sou eu que pertenço a ele, em algum lugar não definido, com algum propósito incoerente. Eu simplesmente não sei mais o que fazer.
Será que eu já posso enlouquecer? Ou devo apenas sorrir? 

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